quarta-feira, 30 de março de 2011

Aprendendo com os gentios

Aprendendo com a adoradora de ALLAH
Estudo Biblico por Helder Assis
                               
"SE EU TE ADORAR POR MEDO DO INFERNO, QUEIMA-ME NO INFERNO, SE EU TE ADORAR PELO PARAÍSO, EXCLUA-ME DO PARAÍSO, MAS SE EU TE ADORAR PELO QUE TU ÉS, NÃO ESCONDA DE MIM A TUA FACE!" (Rábia, 800 a.C.)

Muitos conhecem esta frase. Está nos boletins das igrejas, em contracapas de CDs... mas poucos sabem alguma coisa sobre a procedência da mesma.

O nome da moça em questão era Rabia al Adawiya al Qadsiyya, mais conhecida como Rabia de Basra. Pelo que consta era uma mulher orfã que viveu como escrava, e após algum tempo ganhou a liberdade. Abraçou a fé muçulmana, e ficou conhecida por sua devoção. Escolheu viver uma vida muito pobre, quase miserável, tendo inclusive recusado algumas ricas propostas de casamento.

Há registro de que muitas pessoas famosas da época vinham até ela para ouvir seus ensinamentos, que se consistiam basicamente em amar a Allah apenas pela sua existência, e não por medo de punições ou desejo de recompensa. Ela é tida até hoje como a principal referência feminina do islamismo.

Sua frase mais conhecida é esta: "O Allah! If I worship You for fear of Hell, burn me in Hell, and if I worship You in hope of Paradise, exclude me from Paradise. But if I worship You for Your Own sake, grudge me not Your everlasting Beauty."

Em minha modesta opinião, o fato de se tratar de uma pessoa não-cristã não desmerece de maneira alguma a beleza e verdade da frase, uma vez que conhecemos o Deus verdadeiro. Enquanto pessoas que nós consideramos trevas tem levado a sério a sua fé, nós como cristãos, em grande maioria, estamos muito distantes de uma vida reta diante de Deus.

Será que estamos dispostos a abrir mão de nossos caprichos, nossas meninices, nosso orgulho? Será que estamos dispostos a levar a vida com Deus a sério, independente de homens e de situações? Será que conseguiremos superar nossa Síndrome de Saul (aquele que construiu o seu próprio reino), e voltaremos a simplicidade? Será que estamos dispostos a colocar em segundo plano nossa vida material, como fez esta mulher?

Isto me faz lembrar de uma frase de Mahatma Gandhi, quando ele disse: "O maior defeito do cristianismo são os cristãos".

E me faz lembrar também outra frase, do nosso querido mestre, Jesus Cristo, quando Ele disse: "Os filhos das trevas são mais hábeis com os da sua geração do que os filhos da luz".

Que Deus derrame sobre nós Sua graça, para que estejamos dispostos a depositarmos nossas vidas nEle, e até a morrer por Ele.


Créditos:
Helder Assis
Sacrifíciovivobr



Se abraçarmos nosso Deus como Rabia abraçava a Allah, então poderíamos dizer q houve um grande avivamento nas igrejas.
Como podemos nós como cristãos nos manter tão frios, e outros povos abraçam sua fé com um calor intenso, com uma chama q não se apaga. Ou pior, como podemos nós q nos dizemos tão cristãos e tão religiosos nos conformamos em ser mornos? Achando q ser morno é bom pq é próximo do quente.
Esquecemo-nos que a palavra nos diz q o morno será posto para fora.
Não basta ser morno. Ou se é quente ou não se é.
Antes de morno melhor frio. Pois o frio pode perceber o quanto não está longe de ser quente e desejar ser aquecido.

Devemos deixar nosso “comodismo” cristão de lado.

Em Ti

Flor!


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terça-feira, 29 de março de 2011

A vida é como uma onda....


Como Uma Onda
(Tim Maia)

Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará

A vida vem em ondas
Como
um mar
Num indo e vindo infinito

Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo

Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora

Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar

Nada do que foi será
De novo do jeito
Que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará

A vida vem em ondas
Como
um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo

Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre

Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar...


Musica linda do Tim. Como diz a canção...nada do que foi será do jeito que já foi um dia. Tudo passa, tudo sempre passará..
Há tanta vida lá fora...


Como uma onda no mar...

Flor!
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sexta-feira, 25 de março de 2011

De tudo, ao meu amor serei atento...


De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do meu amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes

Créditos: Blog Flores de Mixi!





Grande Vinicios, linda poesia!
Que todos reflitam do valor que tem o amor.
E que seja infinito enquanto dure.

Com amor...
Flor!

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quarta-feira, 23 de março de 2011

Na rede!

Créditos:


Vi esta foto, gostei, postei!

Refletindo...

Flor!

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terça-feira, 22 de março de 2011

Mundo virtual: Eis a liberdade!


Ola queridos!

Nossa achei super interessante este post. Bem legal mesmo. Esse assunto dá muitoo pano pra manga. Hoje não vou abordar muito o assunto. Até porque o post anterior fala muito!

Essa é uma realidade que temos vivido, não só no mundo cristão mas no mundo em geral. A falsidade, como já citei anteriormente, é uma das atitudes/sentimentos/ações que mais me enojam,  causa náuseas.
Como a maioria, já sofri sim “decepções virtuais”.  Várias pessoas se passaram por pessoas q não são e mais tarde descobri que mentiam, decepção. Hoje tenho alguns amigos virtuais que ainda não conheço pessoalmente, mas são poucos, bemm poucos. E até com eles cuido o quanto exponho de mim. Vc pode ter uma amizade, mas não se entregar por inteiro. Até pq vc não sabe o quanto esta amizade vai durar.
Virtualmente até nós mesmos somos um pouco diferente do que na vida “real”. Falo isso pq  considero impossível se conhecer alguém completamente via mundo virtual. Por mais sincero q a pessoa possa ser, sempre vai ter uma mania, um defeito, um gosto, que não tem como expressar pela rede e que qndo conhecer pode ser que não te agrade. Assim como tem coisas que podem te agradar e vc nm conhece.
Hoje tenho um discernimento maior e consigo perceber bem cedo se a pessoa mente. Mais mesmo assim é preciso vigiar, lobos as vzs enganam e como foi dito, podem ter pele de ovelha,  eaté o cheiro da ovelha e não são ovelhas.

E isso, de decepções, não se limita só a pessoas falsas ou omissas, mais abrange algo maior. Muitas pessoas nem se quer existem. Sim, existem pessoas que não são reais. E por trás delas pode ter alguém q vc nem imagina.
Muitos são descobertos e chamados fake. Mais a maioria sinto muito informar mas continuam na ativa a anos. E quanto mais “velhos” mais cresce a credibilidade, mais características vão sendo adicionadas ao personagem, mais amigos ele faz, e com esses amigos conquista mais um monte de amigos. E se um pergunta ao outro se fulano é real outro vai confirmar, pois confia naquele alguém.
Vi muitaa coisa nessa rede, e muita gente sendo enganada.

Sempre que tento mostrar este outro lado pra alguém as pessoas me chamam de exagerada, de q eu q não conheço a pessoa, q é real pq mostrou foto, q é real pq sabe disso, q é real pq confirmou 3x a mesma coisa. Mas se esquecem q essas pessoas são bons atores, e como bons atores sabem viver bem o personagem e desempenhar bem aquele papel. Enquanto estão na frente de seus computadores deixam sua identidade real de lado e vive aquele outro ser. Os motivos? São diversos. O mais comum é o citado no post acima, o lance da conquista, do engano, da sedução, do prazer, da diversão... Sem pensar que do outro lado existe alguém real, com um coração real, que vai ter um sofrimento tbm real.
Quando essas pessoas são de frente de seus computadores voltam a ser elas mesma, e levam aquilo como uma simples brincadeirinha.
Temos que ter cuidado com o que vemos e fazemos no computador. Ele pode ser usado pra te edificar ou para te destruir. Para te alegrar ou para te ferir. Cabe a cada um de nós usa-lo a nosso favor e para nosso bem.
E quando temos duvidas basta lembrar: “O senhor esta aqui comigo e vendo o q estou fazendo. O que será que ele pensa a respeito de como eu a utilizo?!”



Outro dia volto a postar mais sobre o tema. Hoje fico por aqui.




Na rede contigo...

Flor!


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Na internet eu sou livre!


Na internet tudo pode?!?

Ultimamente tenho me espantado com a internet, na verdade não com o instrumento chamado internet, mas com algumas pessoas que se utilizam dessa ferramenta para se desmascararem, ou pra se mascararem, enfim, não sei ao certo, mas até o final desse post, e nesta simples análise, pretendo até o final entender isso, se é que é  possível!

Queridos, tenho percebido como alguns se desnudam na internet, se expõe até o último grau, expõem suas vidas, seus conceitos, seus dramas, suas taras, seus preconceitos, como se tudo tivesse livre e na internet não houvesse limites. Vejo que as pessoas vão agindo assim até que alguém leve de fato a sério o que elas falam e repliquem o que foi falado e o internauta já entra em crise de existência e resolve o problema com um simples “unfollow”, num pensamento do tipo “como pode alguém não gostar do que escrevo?”.


Em outras ocasiões vejo o famoso “Don Juan”, esse sim, simpático, elegante, respeitador e fala de si o mínimo possível, mas arranca de suas possíveis conquistas tudo o que elas costumam escrever na TL* e mais um pouco. Uma vez se fazendo de príncipe, e tendo a pobre donzela em sua rede, apaixonada, deixando muitas vezes tudo e o seguindo, vem a fatal revelação: na verdade ele era o sapo, que nessa altura já nem era mais o sapo mais um famigerado Jacaré, com suas garras prontas a atacar suas presas...
Vejo tambem o tão conhecido de nós e tão temido pelas ovelhas: o Lobo, sim ele também está na internet, sempre vestido de pele e sempre com o cheiro e o aroma de ovelha, ele então arma suas armadilhas, deixando-as no caminho e ovelhinha toda ingênua pronta a cair... Ele encanta, escreve para as ovelhinhas salmos, cânticos espirituais, fala de Deus, como se O conhecesse,  então marca um encontro com a ovelha e está feito!!! Ela caiu na armadilha dele, está apaixonada e entrega tudo pro lobo, inclusive sua carteira... Ele lhe dá o bom e velho “pé na bunda” e ela, arrebentada na alma e no bolso, volta pra casa abatida, desencantada da vida  (até parece musica brega isso!), e é... O lobo então tira a ovelha do seu hall de amigos, bloquei-a no MSN para que outras ovelhas não saibam quem ele é, né? Mas ele precisa de mais...


Mas o triste de toda essa história que quer seja sapo, Don Juan, Lobos, é que eles muitas vezes estão à frente de ministérios, de trabalhos dignos, são porcos atrás de pérolas, mas é como se na internet tudo pudesse, está liberado, o casado se relaciona com a solteira numa sedução de palavras e carinhos, mas está tudo bem “é só virtual”, pensam eles; a casada encontra nos amigos na internet o que o marido já não lhe dá, a  atenção; a solteira encontra nas palavras do Lobo e do Don Juan o que elas sempre quiseram ouvir, e por outro lado, eles se aproveitam dessa carência e mandam ver no xaveco, sem se importar com o coração da jovem, afinal não existe defraudar virtual pois quando Paulo falou sobre defraudar o meu irmão ele não conhecia a internet... Há os irmãos que descobriram o sexo virtual, “humrum, é virtual... dá nada.... néah mesmo?”. Mas muito quando terminam a transa virtual já não conseguem se olhar no espelho e se encararem como antes, se sentem líquidos, sem vida, a alegria foi embora, mas logo chega o domingo quando então vão à igreja e tá tudo bem! Tem algo errado, mas muitas vezes eles nem fazem idéia do que é.




Queridos, penso o seguinte: Deus é também virtual, não “virtual” como aquele que é apenas no pensamento, não, no virtual Deus é mais real do que eu e você. Ele vê tudo, e também lhe prestaremos contas de tudo que fizermos virtualmente. Desculpem-me, mas aqueles que têm por hábito fazerem isso na internet deveriam repensar seu relacionamento com Deus e inclusive, eu diria sua salvação, porque quem age assim nunca viu Deus e tão pouco o conheceu...




À cada dia tenho me escandalizado com mulheres arrebentadas com seus amores virtuais, que vão criando expectativas nelas e de repente somem sem dar a mínima satisfação, eles entram e saem da vida delas como se elas fossem portas abertas e elas não tivessem donos, como se elas fossem um objeto que hoje eles pegam, acham bonitinho e amanhã jogam fora! 

No dia 8 de Março foi o Dia da Mulher, vi tantas felicitações na TL, até por quem não tem o menor respeito pela figura da mulher, mas aproveitou para fazer seu charminho nos felicitando! 




Não queremos só felicitações, queremos respeito;
Não queremos só flores, queremos compromisso;
Não queremos só perfumes, queremos sentir nos homens o aroma de Cristo;
Não queremos só jóias, queremos ser tratadas como a pérola mais fina do Rei dos Reis;
Não queremos só beijo, queremos que junto com nossos lábios, nossas almas sejam beijadas;
Não queremos só abraço, queremos poder andar junto lado a lado do homem, sem ser pisada, mas também sem ser cabeça dele;
Queremos ser  tratadas como mulheres reais e com sentimentos reais mesmo nas “TLs” da internet. 


Abraços,
Di Luz Pockrandt
(@diluzpockrandt)
*TL = Time Line, ou Linha do Tempo, é o espaço destinado à publicação das mensagens (tweets) no Twitter.

Créditos: Blog Meninas do Reino.


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segunda-feira, 21 de março de 2011

Reflexão! Tempo...

Paradoxo do Nosso Tempo - 
 George Carlin

Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos
 rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde,
 acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV
 demais e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos
 freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos
 à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a
 rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas
 não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo,
 mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos
 menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais
 informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos
 comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
 do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e
 relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas
 chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral
 descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das
 pílulas 'mágicas'.

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na
 dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te
 permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar
 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas
 não estarão aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo,
 pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o)
e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame...
 se ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor,
quando vêm de lá de dentro.

Por isso, valorize sua família e as pessoas que estão ao
 seu lado, sempre.




Que a gente aprenda a valorizar o verdadeiro valor do tempo...

Flor!



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sexta-feira, 18 de março de 2011

Japão x Religião

Olaa.. estava fazendo uma pesquisa sobre as religioões predominates do Japão e copiei alguns trechos para postar...
Religiões no Japão:

As religiões no Japão são o Xintoísmo (51,3%), o Budismo (38,3%), e outras (10,2%).
Muitos japoneses consideram-se tanto xintoístas quanto budistas.

O xintoísmo caracteriza-se pelo culto à natureza, aos ancestrais, pelo seu politeísmo e animismo, com uma forte ênfase na pureza espiritual, e que tem como uma de suas práticas honrar e celebrar a existência de Kami , que pode ser definido como "espírito", "essência" ou "divindades", e é associado com múltiplos formatos compreendidos pelos fieis; em alguns casos apresentam uma forma humana, em outros animística, e em outros é associado com forças mais abstratas, "naturais", do mundo (montanhas, rios, relâmpago, vento, ondas, árvores, rochas).

Budismo: Os ensinamentos do budismo têm como estrutura a idéia de que o ser humano está condenado a reencarnar infinitamente após a morte e passar sempre pelos sofrimentos do mundo material. O que a pessoa fez durante a vida será considerado na próxima vida e assim sucessivamente. Esta idéia é conhecida como carma. Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o espírito pode atingir o estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar ao fim das reencarnações.

Para os seguidores, ocorre também a reencarnação em animais. Desta forma, muitos seguidores adotam uma dieta vegetariana.
Budismo é uma religião] e filosofia não-teísta, abrangendo uma variedade de tradições, crenças e práticas, baseadas nos ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, mais conhecido como Buda.
A filosofia é baseada em verdades: a existência está relacionada a dor, a origem da dor é a falta de conhecimentos e os desejos materiais. Portanto, para superar a dor deve-se antes livrar-se da dor e da ignorância. Para livrar-se da dor, o homem tem oito caminhos a percorrer: compreensão correta, pensamento correto, palavra, ação, modo de vida, esforço, atenção e meditação. De todos os caminhos apresentados, a meditação é considerado o mais importante para atingir o estado de nirvana.

Créditos: http://www.suapesquisa.com/budismo/ 
E Wikipédia, enciclopédia livre.


Fora estas duas “religiões tem váriass filosofias e afins. Mas estas (oficialmente) são as principais, e as outras derivam, de certa forma, dessas.
Ouvindo certo pregador comentar a respeito e pensando sobre a destruição causada a aquele povo comecei a pensar novamente no real desespero de seus corações, no vazio, no sentimento de perda, na ira que em momentos alguns devem sentir por perderem tudo, na culpa por não conseguiram salvar os amigos e muitos a própria família, na tristezas alocada na alma, no desespero de não saber como fazer para recomeçar, na falta de esperança, na dor, na dor e na dor.
Imagino como seria estar no lugar deles. E a única conclusão que chego é que sem o Senhor não conseguiria. Seria impossível recomeçar, impossível caminhar sem olhar pra trás, sem me revoltar, sem me entristecer. Tudo lembraria daqueles dias, daqueles momentos, não importa para qual local me levassem, nem quantas riquezas me dessem, sem o Senhor não conseguir prosseguir.
E isso me entristece. Desses 10% que seguem outras crenças são mínimos os tenham tido um relacionamento com o Senhor.
 Imaginem de todo estes que morrem quantos que morreram sem conhecer o Senhor?  Imaginem...
E os que sobreviveram como continuar sem conheçer este Deus?

Muitos por ai culpam a Deus, ou argumentam pq? Pq não impediu? Pq é tão mau?!
Mais Deus não é mau. Ele jamais desejaria ver um filho seu sofrendo dessa forma. Nós fazemos nossas escolhas e eles tem conseqüências.  E por outro lado mesmo que façamos sempre as escolhas certas ainda sim podemos passar por tribulações. Por isso devemos sempre estar preparados, sempre estar nos braços do Pai. Pode passar o Tsuname que for que com Ele estaremos salvos. Se não aqui, lá na sua Glória

Talvés esta grande tragédia pode ser vista de outra forma. Como uma oportunidade para o Japão se achegar ao pés daquele que o único que pode salvar. Daquele que é o único que tem poder sobre todas as coisas.

Que o Senhor envie mais pessoas para ajudar os japoneses não só reconstruir sua vida, seus planos, seus bens... mais que o Senhor levante pessoas para ajudar os japoneses a construir um relacionamento com Deus. A conhecem aquele que deu a vida para que eles tivessem vida. Muito a comentar mais hj não vai ser possível então deixo algumas questões...


E se o ultimo dia fosse hj? E se viesse um Tsuname sobre vc hj?

Precisamos ser dependentes de Deus. Reconhecer quem Ele é e quem nós somos.
“E todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam Is.64”

Reconheçendo quem Tu és...

Flor!


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Noticia...



 Passam de 5,4 mil os mortos confirmados no Japão


As autoridades do Japão já registram 5.429 mortos e 9.594 desaparecidos em decorrência do terremoto e posterior tsunami do último dia 11 no nordeste do país, tal como informa o último cálculo oficial divulgado nesta quinta-feira pela polícia. Teme-se que o número final de vítimas aumente ainda em alguns municípios das províncias mais afetadas, como Iwate, Miyagi e Fukushima.
Mais de 100 mil militares e reservistas japoneses, auxiliados por voluntários estrangeiros especialistas em salvamento, trabalham na zona devastada em busca de sobreviventes que ainda possam estar sob os escombros ou talvez arrastados mar adentro pelo tsunami de 10 m de altura. As equipes de resgate lutam contra o intenso frio ao norte da ilha de Honshu e têm dificuldades para vasculhar os escombros causados pela enorme destruição do terremoto.
Por enquanto, cerca de 26 mil pessoas foram resgatadas vivas, segundo o governo japonês. Quase 80 mil edifícios e casas foram destruídos e mais de 500 mil pessoas que deixaram suas casas vivem em acerca de 2,5 mil abrigos temporários, muitos dos quais não têm água potável ou eletricidade.
A magnitude da tragédia levou o imperador Akihito a fazer um discurso televisionado na quarta-feira pela primeira vez em seus 22 anos de reinado, pedindo calma e solidariedade.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 5,4 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.
Créditos: Site terra noticias.

Infelizmente o numero de mortos não para de crescer. E as noticias quanto a radiação liberada tbm não são nada boas.
O país do sol nascente se escureceu.
Como eles precisam conhecer a verdadeira Luz... Só através dela terão consolo e forças para superar essa tragédia.

Em oração pelo Japão...
Flor!


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quarta-feira, 16 de março de 2011

Vivendo, crescendo, e seguindo a canção...


Vivendo alguns dias difíceis.
Apenas difíceis e não ruins. Pois ruins são aqueles que não tiramos nada de bom. E isso tem sido raro pra mim. Em todos os momentos tenho aprendido coisas valiosas. Coisas que talvez eu não aprendesse se tudo sempre ficasse bem.
Talvez eu esteja fechando um ciclo. Ou inacabado algum em aberto.
Como o texto (Postado anteriormente) fala em alguns trechos “as pessoas têm dificuldade de abandonar uma fase da vida e ingressar em outra, ainda que esta seja, aparentemente, melhor.
Como a vida de todos nós é formada por vários períodos de mudança e transformação, não temos como fugir das crises, que são naturais. Mas podemos aprender a lidar com elas. Isso exige amadurecimento das emoções e controle dos pensamentos, o que, acredite, leva tempo e provoca algum sofrimento.
Na evolução natural das coisas, uma crise é um momento ou fase difícil em que fatos, idéias, status ou situações são questionados e levados a mudar. Crise significa ruptura, perda de equilíbrio.”
Não sei se estou vivendo um momento de crise existencial, mas tenho certeza que estou em um momento de transição. E quee TRANSIÇÃO. Tudo parece estar a 1000 por hora. Duvidas, perguntas, respostas, problemas, soluções, situações, pessoas...
Várias coisas que achei que estavam firmadas na rocha vejo que não estão. E me deparando com eles preciso mudar minha percepção. Pessoas que achei que estavam na rocha comigo, vejo que não estão... Isso gera certa decepção. Tudo tem acontecido rápido e ao mesmo tempo. O que as vzs causa ansiedade, angustia, impaciência, tristesa.
Sim cristão tbm fica triste, tbm fica mal, tbm se vê em meio a nuvens negras. Ngm é de ferro, somos feitos de carne.
A diferença é como passamos por estas situações. Sem chutar o balde (por mais que as vzs possa surgir um desejo de o fazer), sem permanecer caído, sem colocar a culpa em Deus. Apenas aceitar a situação, juntar forças e passar por ela. Fácil? Não, não é. Mas precisamos passar. Não tem como ir para uma outra fase sem sair da que se encontras.
Como aqueles joguinhos de vídeo game que jogávamos quando adolescente, para subirmos de nível, para passarmos de fase, temos que vencer a que estamos. Superar os obstáculos, os inimigos, passar pelos montes, vencer as corridas, ultrapassar os adversários. Se cair levantar, se machucar se recuperar, se perder a direção voltar a manter o foco, voltar pra pista, pro caminho. A estabilidade e a conformidade não nos possibilitam crescimento, não nos permite passar de nível, mudar o ciclo. Mas as tribulações e o prosseguir pelos joguinhos da vida no faz crescer e nos fortalecer... Exige esforço, tempo, dedicação, mas a vitória é sempre certa. E todas estas mudanças e transformações vão trazer crescimento e amadurecimento.
Só chega a fase final quem joga até o fim.

Uma jogadora persistente...

Flor!


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Crises Existenciais, um mal que faz bem?!


Lendo sobre crise existencial achei bem proveitoso este texto. Não assisti este filme mas me dispertou interesse em vê-lo. Já que sou filmemaníaca (haha) assim que possível vou a locadora ver se o encontro. Depois de assisti-lo passo comentar para vcs...
Sim a vida e feita de fases. E todos nós passamos por elas. Uns demoram mais tempo, outros menos. Uns tem fases entre fases.. mas no geral todos passam por fases.
E se entrar em crise em alguma fase se lembre-> CRiSe = CReScimento.

Vc vai superar e vai sair dela vencedor!



Tema: crises existenciais
 




Eugenio Mussak

Do leitor Bruno Tavares: “Todos temos crises existenciais nas fases da vida, como a crise dos 30, dos 40, dos 50 etc.? E o que fazer com elas?”

- Sabina, você melhorou, está curada. Pode voltar para casa e retomar sua vida normal, não tem por que continuar internada neste hospital.
- Não posso doutor, não vou conseguir viver sem seus cuidados, sem as orientações que você me dá e que me deixam tão segura.
- Você não precisa mais de mim, acredite, está curada. Só está com medo de enfrentar sua nova vida. Está vivendo a crise de passar de um mundo conhecido para outro que, quando imaginado, parece assustador. Depois você verá que foi apenas a fase de transição que lhe causou a insegurança e a sensação de abandono.
- Você não entende, Carl, eu... estou totalmente apaixonada por você.
Uau! Estamos diante de um caso clínico ou de uma história de amor? Ambos. A jovem russa Sabina Spielrein tinha uma relação muito difícil com seu pai, e apresentava episódios freqüentes de histeria. Acabou sendo internada em um hospital psiquiátrico em Zurique - o que a deixou ainda mais desesperada, pois agora, longe de casa, sentia-se totalmente insegura. O diretor designou, para cuidar dela, um médico jovem chamado Carl Gustav Jung, que estava experimentando uma terapia nova, ainda duvidosa, criada por um tal doutor Freud, e que se baseava em muita conversa e em interpretação de sonhos. A terapia funcionou e a paciente melhorou. Ela venceu a doença, mas surgiu um efeito colateral: ela criou uma enorme dependência afetiva pelo médico. O diálogo do início é imaginado, mas a história é real e pertence aos primórdios da psicanálise. Jung corresponde à paixão da paciente e vive com ela um tórrido romance - na época, a relação médico-paciente ainda não estava bem estruturada.
O apimentado episódio aparece no filme Jornada da Alma, uma versão romanceada das transformações que os tratamentos das doenças mentais sofreram no início do século passado e das vidas de alguns de seus principais protagonistas. O filme transformou-se em um exemplo de como as pessoas têm dificuldade de abandonar uma fase da vida e ingressar em outra, ainda que esta seja, aparentemente, melhor.
Como a vida de todos nós é formada por vários períodos de mudança e transformação, não temos como fugir das crises, que são naturais. Mas podemos aprender a lidar com elas. Isso exige amadurecimento das emoções e controle dos pensamentos, o que, acredite, leva tempo e provoca algum sofrimento. Existem algumas estratégias. A jovem Sabina, por exemplo, depois mergulhou de cabeça no mundo do autoconhecimento, estudou medicina e acabou por se transformar, ela mesma, em psicanalista. Levou os conceitos científicos ainda incipientes para sua Rússia natal e fundou uma instituição chamada Creche Branca para ajudar crianças com problemas psicológicos. Infelizmente, ela acabou sendo morta ainda jovem pelos nazistas.
Os ciclos da vida
Ciclo é um fenômeno evolutivo, em que vários acontecimentos se sucedem em uma ordem determinada. A natureza é cheia de ciclos. Há o ciclo da água, do oxigênio, do carbono, do nitrogênio etc., e nós participamos deles comendo, excretando, respirando e também nascendo e morrendo.
Sim, somos ciclos ambulantes, e não só na biologia; na psicologia também. Só que nesse setor a complexidade é maior. Temos várias fases na vida que, na verdade, são ciclos em si. Têm começo, meio e fim, precisam ser abertos pelos motivos certos e fechados quando se esgotam verdadeiramente. Caso contrário, deixam marcas psicológicas que teimam em continuar doendo.
Os ciclos psicossociais são abertos pela idade (infância, adolescência, maturidade), pelas relações (namoros, casamento, família) e pelas atividades (escola, vestibular, empregos). E nunca passamos de um desses ciclos para o seguinte impunemente, sempre é traumático, cada vez é uma crise. Haja fôlego. Entretanto, se por um lado não temos como fugir dessas crises existenciais, por outro aprendemos com elas - e por isso amadurecemos e evoluímos. Na evolução natural das coisas, uma crise é um momento ou fase difícil em que fatos, idéias, status ou situações são questionados e levados a mudar. Crise significa ruptura, perda de equilíbrio.
Se por um lado as crises são vistas como momentos perigosos e decisivos, por outro são identificadas como oportunidades de crescimento, de transformação para melhor. Só que, para isso, é necessário um certo grau de amadurecimento, coisa que, nas primeiras crises da vida, nós não temos, óbvio. Leva-se tempo para virar um “gestor de crises”. Você já havia notado?
Voltando a falar dos ciclos, temos que lembrar que, por definição, eles se completam em si mesmos. Um ciclo só se resolve quando se fecha. Quando isso não acontece, levamos resquícios mal resolvidos para o novo ciclo que já está se abrindo ­ e que acaba sendo prejudicado pela não-resolução do ciclo anterior. Por exemplo, quando alguém termina uma relação amorosa sem fechar o ciclo, ou seja, sem, de fato, ter chegado ao final dela, tem dificuldade de engrenar a próxima relação. No final dá certo, mas leva mais tempo. Honestamente, quem já não passou por isso? E fechar ciclos não é assim tão fácil - exatamente por pressupor algo desconhecido, o início de um novo tempo, com coisas novas, excitantes, mas perigosas.
É de praxe dividir a vida de uma pessoa em quatro fases: infância, adolescência, maturidade e velhice. Mas, no mundo moderno, cada uma dessas quatro fases apresenta-se dividida em um número variável de subfases, a tal ponto de algumas delas já serem consideradas novas etapas.
Entre a adolescência e a maturidade atualmente colocamos mais uma, bem definida, que, curiosamente, é chamada de fase dos Anos de Odisséia (nome proposto pelos psicólogos). É que é justamente nessa idade que o jovem enfrenta sua primeira crise existencial diante do imenso conjunto de oportunidades que estão à disposição de sua vida - uma verdadeira odisséia. Escolhas são difíceis porque pressupõem renúncias. Quando escolhemos uma profissão, por exemplo, abrimos mão de todas as outras - ou pelo menos é o que o jovem-dono-do-futuro acredita. A escolha de uma carreira transforma-se em uma espécie de condenação. É como se a pesada mão do destino apontasse para ele um dedo acusador e dissesse, com voz cavernosa: “Você está condenado a ser engenheiro pelo resto de sua vida”. Pobre garoto, que olha maravilhado para o imenso cardápio que a vida lhe estende com uma mão generosa e ouve transtornado a voz egoísta que diz que ele tem que decidir já seu futuro. Crise!
E entre a maturidade e a velhice acabamos de colocar mais uma fase, chamada de envelhescência (nome proposto pelo escritor Mário Prata). É a adolescência do adulto, que não quer ficar velho. E ele pode deter-se, por algum tempo, nesse intervalo, em que ele poderia ser chamado de velho, mas não se comporta como tal. Já passou dos 60, mas continua produtivo como nunca, sua saúde está sob controle e ele ainda está fazendo planos. Só que, assim como o adolescente, ele tem dúvidas sobre o futuro. O adolescente não é mais uma criança, mas ainda não é um adulto, apesar de achar que já é. O envelhescente ainda não é um velho, mas também já não é simplesmente um adulto, apesar de achar que ainda é. Crises!
Então console-se, caro leitor, você não está sozinho nessa floresta de crises que cresce no terreno fértil da incerteza humana; estamos todos condenados a enfrentar crises existenciais na medida em que amadurecemos e vamos experimentando as várias fases da vida. Sofremos? Sim. E isso é ruim? Longe disso! Acompanhe o próximo capítulo.


O valor da crise
O americano Jack Welch é um exemplo interessante. Foi presidente mundial da General Electric, uma das maiores empresas de todos os tempos. Quando se aposentou, virou escritor e consultor de empresas. Escreveu um livro chamado Paixão por Vencer, que se tornou obrigatório para os executivos pelo mundo afora, inclusive no Brasil. Seus escritos colaboram com quem deseja construir uma carreira vencedora, pois o autor é um homem experiente e de imensa legitimidade quando o assunto é “vencer nos negócios e na carreira”. Mas ele, revelando uma insuspeita honestidade, não deixa de alertar para o preço de tal sucesso.
O livro é cheio de dicas e orientações aos líderes, executivos e empresários, mas, curiosamente, contém um ponto que o próprio autor reconhece ser o menos consistente e conclusivo, aquele que versa sobre o equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal. Jack transformou-se no executivo mais festejado do mundo, mas não goza da mesma popularidade entre aqueles que pertencem a sua vida pessoal. Relata que teve pouco contato com seus filhos, que foram criados praticamente por sua primeira esposa, Carolyn, de quem acabou se separando, pois se transformaram em estranhos um para o outro. Seu lazer era o golfe, esporte que ele aproveitava para fazer contatos e fechar negócios. Pois é, foi sua opção, e ele assume total responsabilidade por ela.
Entretanto, esta é a parte boa: ele reconhece a importância do equilíbrio trabalho/vida e sua influência sobre a produção. Considera que as pessoas que têm êxito no trabalho e na vida pessoal costumam ser mais felizes, e afirma que a felicidade é um coadjuvante dos bons resultados. Diz: “Seu chefe quer que você seja feliz, pois isso contribui para a vitória da empresa”. Ele não dá fórmulas, e chega a dizer que “tantas são as equações de equilíbrio vida/trabalho quantos são os habitantes do planeta”.
Jack atribui seu sucesso ao fato de sempre ter sido muito focado em sua carreira, à custa de sua vida pessoal, mas hoje, mais maduro, experiente e sábio, ele diz que não precisaria ser assim. Há um caminho do meio. Ser focado é, sim, importante para a carreira, mas, justamente por aceitarmos o poder do foco, é prudente um exame mais minucioso sobre o próprio.
O foco alienante                       
- Você vai entrar em crise; é inevitável, disse o professor a seu aluno atento e amedrontado diante das circunstâncias da vida.
- Mas eu não posso tomar providências para evitar a crise?, perguntou o jovem com o coração acelerado.
- Não, o que você pode fazer é antecipá-la, nunca evitá-la. Se você não tiver disposição para enfrentar as crises, estará condenado a não se desenvolver e evoluir. A crise tira as pessoas da zona de conforto, desperta a criatividade. Se você não provocar a crise, ela virá de qualquer maneira. E pode ser que você, então, não esteja preparado para enfrentá-la e aproveitar seu potencial de estímulo ao crescimento.
O jovem saiu da visita de aconselhamento com seu professor mais confuso do que estava antes. Ele pretendia viver driblando as crises da vida a partir de medidas preventivas, e acabara de receber uma ducha de água fria de seu mestre, que insistia no valor e na importância das crises, chegando ao limite de dizer que, se você está em calmaria, deve provocar uma crise, exatamente para poder mantê-la sob controle. Segundo o mestre, a crise é protagonista da evolução da pessoa e da sociedade.
O diálogo acima foi adaptado de uma história real, protagonizada por um executivo que eu conheço, durante seu curso universitário. Detalhe: a disciplina do professor em questão não era psicologia nem filosofia - era economia. Segundo os economistas, qualquer agrupamento econômico, como uma empresa, por exemplo, só prospera se fechar seus ciclos de crescimento, que são formados por quatro etapas: expansão, recessão, depressão e recuperação.
A recuperação, entretanto, só ocorre porque na depressão a empresa - e as pessoas que a compõem, é claro - entram em crise e se tornam mais criativas e produtivas. Há empresas, entretanto, que usam a crise para procurar culpados e não soluções. Quando tentam evitar a crise, estão fazendo de conta que ela não existe, até que não dá mais para não vê-la: o bode entrou na sala. Estas vão fechar as portas mais cedo. Já as empresas espertas aproveitam a crise para criar uma nova fase, mais produtiva. Pois na vida das pessoas é a mesma coisa. Se você não entra em crise vai se acostumando com a situação, mesmo que ela não seja favorável.
Há uma experiência curiosa realizada com sapos: se você jogar um na água quente, ele certamente pulará fora. O sapo percebe que o ambiente é hostil e provoca sofrimento. Mas se você o colocar na água fria e for esquentando devagar, ele não sentirá a mudança de temperatura. Quando menos espera, o sapo morre cozido. Ele não reage à mudança porque não a percebe. Não entra em crise, entra em marasmo.
É o que acontece conosco. Somos salvos pela crise porque reagimos a ela. Caso contrário, vamos morrer lentamente, sendo enganados pelo calorzinho do conforto proporcionado pela estabilidade e pela conformidade.

Eugenio Mussak é educador e escritor. Neste espaço, faz reflexões a partir de inquietações levantadas pelos leitores

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